AbsUrbanOdes
Conspiram-se novos paradigmas, palavras sem dogmas, ideias aleatórias, tão volúveis quanto inexatas, tanto para as borboletas quanto para as lagartas, os santos e os iconoclastas, para os malabaristas, para os trapezistas, os estrangeiros, andarilhos e cosmonautas. Para aspergir e inundar.
quinta-feira, 13 de julho de 2017
quarta-feira, 27 de maio de 2015
Muro
guarde no muro
a marca do flanco
que o amor dorme na praça
e a mão que acerta a textura
sutura e surta
extravasa o rejunte
-cada uma das pedras.
guarde no muro
o som dos fluidos
que o suspiro acorda em graça
e o joelho que verticaliza a envergadura
dura e corta
vasa da pele
-cada um dos poros.
guarde no muro
as digitais alteradas
que o desejo arde de graça
e a língua que aparta a mistura
tritura e parte
condensa o lóbulo
-cada um de nós. – JL
a marca do flanco
que o amor dorme na praça
e a mão que acerta a textura
sutura e surta
extravasa o rejunte
-cada uma das pedras.
guarde no muro
o som dos fluidos
que o suspiro acorda em graça
e o joelho que verticaliza a envergadura
dura e corta
vasa da pele
-cada um dos poros.
guarde no muro
as digitais alteradas
que o desejo arde de graça
e a língua que aparta a mistura
tritura e parte
condensa o lóbulo
-cada um de nós. – JL
...de alma e vestes...
a luz que na ruela, acaso, reste
as poses em que o beco investe
as casas todas desde o monte everest
o pôr do sol, num banco, a oeste
o dedo, o relevo, o teste
tudo aquilo que porventura preste
a rima sem norte, nem sul, sem leste
a pá, a pausa, o juízo inconteste
um olho na visão o outro na peste
o joio, o trigo, a questão quase agreste
um suplício de Tântalo
que me amoleste
o que não conjuga a alma veste – JL
as poses em que o beco investe
as casas todas desde o monte everest
o pôr do sol, num banco, a oeste
o dedo, o relevo, o teste
tudo aquilo que porventura preste
a rima sem norte, nem sul, sem leste
a pá, a pausa, o juízo inconteste
um olho na visão o outro na peste
o joio, o trigo, a questão quase agreste
um suplício de Tântalo
que me amoleste
o que não conjuga a alma veste – JL
A rua
a rua é o lugar do vizinho
onde a sentença desnuda as veleidades
a sapiência se traveste de euforia
e ali morre
o que era será
transborda
reflete estrelas
pratos vazios
irradia o precário
o necessário –JL
onde a sentença desnuda as veleidades
a sapiência se traveste de euforia
e ali morre
o que era será
transborda
reflete estrelas
pratos vazios
irradia o precário
o necessário –JL
Cidade
http://www.graffitizen.com/g/the-art-of-graffiti-rio-de-janeiro/street-life-rio-de-janeiro-photograph-by-joe-rondone-street-life-6475/ |
Eu vivo na cidade onde todo mundo pode
a clara, a gema, o ovo tudo eclode
_over the head a cloud!
Eu ando na cidade onde tudo é ode
a palavra, o acento, o ponto final explode
_beyond belief a crowd!
Eu vivo na cidade onde nada cedo acode
a rima, a guarda, a semelhança fode
_under the rail I speak [loud]! –JL
Fissuras
essenciais são as fissuras.
as armadilhas, as armaduras cintilam
CAI-GUO-QIANG |
encontrar recantos nas fendas
abrigar-se aí
aí limpar as vidraças
daquilo que diuturnamente
faz obnubilar nossa querência
nossa lembrança, nosso fazer
essenciais são as fissuras
decerto até nas veias haverá rupturas
do fosso erodido
arraigadas ali
brotarão trazidas sementes
viajadas pelo vento
movidas pela fé
no que há de ser
essenciais são as fissuras - JL
Pedra
É hora
outra vez de escorregar na pedra
o encontro favorável
pé e piso
vaguear madrugada
escorregar na presidente vargas
ouvir todo o silêncio da cidade
o medo da ausência das conurbações
um eixo em cima da roda
cismando uma rota
rangente um dente
regendo depressa
a pressa de saber se é hora de voltar
É hora
outra vez de subverter a pedra – JL
Assinar:
Postagens (Atom)